Aromaterapia I

Origem e História

A Aromaterapia tem raízes nas mais antigas práticas de cura que se tem conhecimento, pois mesmo antes da sua descoberta, a prática de destilação de plantas aromáticas e medicinais para a obtenção de óleos essenciais, foram eficazmente utilizadas durante milhares de anos.

A utilização de plantas perfumadas está intimamente ligada ao desenvolvimento da medicina e, deste modo, a história da Aromaterapia remonta às primeiras civilizações da Mesopotânia e do Oriente.

Os Caldeus, os Babilónios, os Faraós e as Rainhas do Antigo Egipto, e as culturas da Antiga Grécia, da Pérsia, de Roma e da Índia usufruíam dos seus benefícios, sem haver uma divisão notória entre o prazer e os benefícios medicinais dos perfumes das plantas.

As essências de óleo da aromaterapia chegaram provavelmente às casas reais europeias por volta do século XVI.

Todavia, só nos anos 60 do século XX é que se desenvolveu a Aromaterapia tal como a conhecemos hoje em dia, em grande medida devido ao trabalho de Marguerite Maury. Hoje é reconhecida como uma Medicina Alternativa útil, de grande valor no tratamento de prevenção.

Métodos e extracção

Os óleos essenciais são substâncias altamente concentradas, aromáticas e voláteis, ou seja, que se evaporam rapidamente quando expostas ao ar. Estes óleos podem ser obtidos a partir de diversos métodos de extracção, como é o caso da destilação por arrastamento de vapor de água, expressão a frio das cascas de citrinos e por extracção de substâncias gordas.

Na destilação por arrastamento de vapor de água uma caldeira com água fervente injecta vapor de água (180º) num recipiente contíguo no qual se encontram as plantas aromáticas a destilar. Deste recipiente sai o vapor de água misturado com óleos essenciais obtidos no estado gasoso.

Posteriormente, esses vapores sofrem a condensação quando passam por serpentinas que são arrefecidas com água fria, obtendo-se no final do processo de destilação uma mistura líquida de óleos essenciais e de água de destilação, água floral ou hidrolato, num vaso florentino. Horas depois, os óleos essenciais separam-se da água de destilação, formandos e duas etapas, que podem ser finalmente separadas.

Os óleos essenciais são depois utilizados como matérias – primas nas áreas de cosmética, farmacologia e em perfumaria ou usados puros na vasta área de Aromaterapia. As águas florais podem ser eficazmente usadas como tónicos faciais de limpeza.

Outra forma de extracção dos óleos essenciais é a expressão a frio. Este método é utilizado exclusivamente para a extracção de óleo essencial das cascas de citrinos, em tabuleiro perfurados por agulhas em toda a sua extensão. A extracção por recurso a substâncias gordas não é muito utilizada pois é muito cara, mas é especialmente utilizada para a obtenção de óleos essenciais de jasmim e rosa.

Muito complexos quimicamente, os óleos essenciais misturados originam uma dupla combinação entre si, originando um único composto com propriedades muito mais activas. Porém, há ainda óleos que reforçam as propriedades do outro óleo com o qual se misturou: o óleo essencial de jasmim é um dos que reforça a actividade dos outros óleos essenciais com os quais este se funde.