É um tratamento baseado no conhecimento profundo da anatomia, fisiologia e biomecânica do corpo.
Tem como função restaurar o equilíbrio da mobilidade sem dor uma vez que o movimento é a base de todo o funcionamento do nosso corpo.
O paciente é avaliado de forma global onde a causa da lesão é a principal preocupação e não as suas consequências. A origem da lesão primária é fundamental, pois sabemos que as lesões geram adaptações e compensações que se não forem travadas despertam dor e desconforto. Quanto mais cedo se actuar no tratamento da disfunção Osteopática melhor será o seu prognóstico. Então o tratamento é realizado, utilizando uma técnica adequada para cada tipo de problema, para cada caso e para a condição de cada paciente. È recomendada, portanto, a pessoas dos 0 aos 100 anos de idade.
Tratamento é basicamente manual e natural, uma vez que o corpo possui uma capacidade de cura e reequilíbrio. A função do Osteopata é tratar, através das mãos e da sua concentração, as disfunções somáticas e estruturais do corpo.
É um meio de sentirmos o corpo e entrarmos em contacto com as suas tensões e desequilíbrios.
Despertando uma nova e mais profunda consciência do corpo, aprendemos a conhece-lo melhor e a respeitá-lo, tornando-nos mais sensíveis ao seu ritmo e necessidades.
Para que as várias estruturas anatómicas sejam:
- densas (ossos)
- moles (viscerais, fáscias, músculos, ligamentos, tendões ...)
- fluídas (sangue, linfa, liquido cefalorraquidiano ...)
E que possam movimentar-se normalmente restituindo uma boa mobilidade articular.
A osteopatia vê o ser como um todo sendo uma terapia holística.
Cada função do nosso organismo seja ela (respiratória, digestiva, cardíaca, de locomoção ou psicológica ...) apoia-se em elementos estruturais anatómicos. Se essa estrutura (esqueleto) está desalinhada (em disfunção mecânica) é previsível que aconteça uma compensação de tecidos que impedem o movimento normal, desencadeando assim uma descompensação continua.
É a faculdade que o organismo possui para reequilibrar a suas tensões constantes (tensão arterial, regulação térmica, secreções hormonais e defesa imunitária ...).
O Osteopata apenas vai desencadear e facilitar esse processo de auto regulação.
Técnicas rítmicas: estiramentos, bombeios.
Técnicas funcionais: relaxamento das fáscias.
O tratamento Osteopático inclui um exame completo com o diagnóstico, observação de postura e avaliação dos tecidos e articulações.
Apesar da Osteopatia abranger o corpo como um todo e acreditar que é justamente esta visão que a caracteriza além de ser fundamental na recuperação dos pacientes, podemos dividi-la em 3 grupos:
1· Osteopatia Estrutural - consiste na manipulação da coluna vertebral
2· Osteopatia Craniana - consiste na manipulação da articulação craniana
3· Osteopatia Visceral - consiste na manipulação e massagem da zona abdominal
Recomendada nos seguintes casos: dores nas costas, nas cervicalgias, torcicolos, neuralgia cervico-braquial, dorsalgias, lombalgias, ciática, lesões desportivas,
stress, irritabilidade, dores de cabeças (cefaleias), entre outras.
Entre as contra-indicações estão os reumatismos inflamatórios, cancro, fracturas, vertigens por insuficiência vertebro-basilar, osteoporose avançadas, AVC, trombose ...
É um meio para reencontrar uma postura adequada e movimentos sem dor. Ajustando o equilíbrio interno e eliminando tensões, proporcionando bem estar.
ORIGEM
A Osteopatia deriva das palavras gregas (osteon) osso e (pathos) doença.
A sua origem data do século XIX a partir da investigação do médico norte-americano Andrew Taylor Still (1828-1917) que em 1874 estabelece a relação entre a alteração estrutural (músculo-esquelética) e o resto do corpo como elemento chave na saúde.
Still nascido em 6 de Agosto de 1828, seu pai que terá uma grande influência sobre ele e Pastor Metodista, médico e fazendeiro.
Como era de costume na época ele inicia-se na medicina com seu pai e interessa-se bastante pela anatomia, que vai poder estudar bem e de perto, primeiro sobre os cadáveres dos Índios e depois durante a Guerra da Secessão durante a qual ele será Médico - Cirurgião dos Confederados.
Em 1865 ele perde quatro membros de sua família por ocasião de uma epidemia de meningite.
Still fica traumatizado pela dupla impotência da medicina e das instâncias religiosas para salvar seus filhos.
A partir daí ele começa a duvidar da medicina que ele pratica e inicia pesquisas em diferentes direcções e é de uma forma empírica que ele trata um certo dia uma criança vítima de desinteria (fatal na época) seguida da cura de outros dezassete casos nos dias que se seguiram.
Desta maneira ficou convencido que havia uma outra maneira de tratar, ele anuncia a data oficial da invenção da Osteopatia em 22 de Junho 1874 ás dez da manhã.
A sua notoriedade cresce, ele torna-se Osteopata itinerante tratando quase todas as doenças e descobre a medida que o tempo passa o recurso da sua invenção.
No final de 1880, ele fica sobrecarregado de pacientes a tratar e aí ele decide formar seus filhos Harry, Charles, Herman, Fred são os primeiros Osteopatas formados, demonstrando aqui que a Osteopatia é transmissível e não um dom mágico.
Em 1892, ele funda a escola americana de Osteopatia em Kirksville, Missouri.
A Osteopatia é combatida pela Medicina Convencional que conseguiria fechar diversos colégios de medicina onde essa disciplina era ministrada.
Apesar disso a Osteopatia continua e de 1930-1969 começa de pouco a pouco a ser reconhecida em todos os Estados dos Estados Unidos.
Os Osteopatas americanos têm vindo a obter progressivamente todos os direitos e privilégios de um Medico ou um Cirúrgico.
Em 1917 morre Andrew Taylor Still.
Em seu leito de morte ele faz prometer seu melhor aluno J.M Littlejohn., que era inglês de propagar a Osteopatia na Europa, e é ele quem vai fundar a British School of Osteopathy.
Em 1930, W.G Sutherland publica seu primeiro livro sobre a Osteopatia Craniana
A validade da Osteopatia é tão concreta que é recomendada e incentivada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como prática de saúde.
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