Christian Friedrich Samuel Hahanemann nasceu em 10 de abril de 1755, em Meissen,
na Saxônia, a leste da actual Alemanha, sob o reinado de Frederico II, da Prússia.
A região era produtora de porcelanas e seu pai era especialista em pintura de porcelanas.
Hahnemann foi preparado para ser um comerciante e aprendeu várias línguas estrangeiras. Também estudou na Escola dos Príncipes da cidade, levado por um professor seu. Ele falava e lia alemão, inglês, francês, espanhol, latim, árabe, grego, hebreu, caldeu. (Isso possibilitou – lhe, no início da sua vida profissional, sobreviver fazendo traduções).
Queria ser Médico, então decide ir estudar Medicina na Universidade de Leipzig nos meados de 1775, tendo o pensamento em na Universidade de Viena, pois em Leipsig não tinha ensino prático de Medicina (o ensino prático nas faculdades de Medicina da época era desprezado e mesmo considerado desnecessário e humilhante).
Em 1777 vai para Viena, onde estuda no grande Hospital de Leopoldstadt "Irmãos da
Caridade", sob orientação do grande clínico Quarin, Médico da família real e por várias vezes reitor da Universidade de Viena. Ali estuda por 9 meses, mas quando terminam suas economias e é então indicado por Quarin ,como médico da família do Governador da Transilvânia, Siebenbueger, em Hermanstadt, onde fica por um ano e nove meses. Lá havia uma enorme e rica biblioteca e ele nomeia Hahnemann responsável por ela. Este período foi muito fértil para ele em leituras.
Em 1779 tira o Doutoramento pela faculdade de Erlanger, por ser mais barata do que a de Viena.
Deve-se ressaltar que, como fazia traduções para sobreviver, teve contacto com os grandes autores de sua época e de épocas anteriores, tendo assim uma formação intelectual muito abrangente, tanto no campo das ciências como da filosofia.
Em certa altura de sua vida, desgostoso de não conseguir curar realmente seus pacientes, como tinha se proposto a fazer, pela ineficiência da Medicina de grande parte dos Médicos da época, se afasta da profissão, voltando a estudar, trabalhar com produtos químicos e fazer traduções.
Em 1790 começa a fazer a tradução de uma obra de Cullen, que "falava sobre as propriedades da "Chinchona officinalis", ou Quinina ou Quina, introduzida na Europa, proveniente do Peru, onde os nativos a usavam para tratamento do Paludismo. Cullen atribui a influência curativa da Chinchona ao poder que exerce através do fortalecimento do estômago, com produção de uma substância contrária a febre. As explicações de sua acção não o convenceram, mas chamou-lhe a atenção que
o abuso que se fazia da Quinina provocava sintomas semelhantes aos que se apresentavam no Paludismo.
A experimentação começou por aí, e provavelmente, com o conhecimento acumulado por toda uma vida de leituras e a insatisfação com uma Medicina que não curava e pouco aliviava, chegou à Homeopatia.
Em 1835 muda-se para Paris, onde vem a morrer em 2 de Julho de 1843, aos 88 anos.
olá!
ResponderEliminarvi que estudaste no IPN. Também me interesso por estas terapias e estava até a pensar fazer um ou outro curso lá. O que achas do sítio? Achas que é um bom local de formação?
Podes responder para aqui: marina.arcalado@gmail.com
Obrigada! :)