Medicina Ortomolecular é o ramo da ciência cujo objectivo primordial é restabelecer o equilíbrio químico do organismo. Este acerto (orto=certo) das moléculas dá-se através do uso de substâncias e elementos naturais, sejam vitaminas, minerais, e/ou aminoácidos. Estes elementos, além de proporcionarem um reequilíbrio bioquímico, combatem os radicais livres.
O organismo é uma máquina que está em permanente mutação. Durante este processo de produção podem surgir falhas, seja na chegada de matéria-prima (vitaminas, minerais, etc.), seja na própria integração de todo e qualquer sistema que compõe a máquina. Estes sistemas devem trabalhar de forma harmoniosa, como um “motor”. Estes “motores” são os sistemas: Endócrino, Neurológico, Psicológico e Imunológico. Qualquer falha em algum ponto ou mecanismo desta Máquina (ser humano) compromete toda a produção (vida), surgindo os defeitos (doença).
Por exemplo: uma pessoa deprimida tem mais hipóteses de apresentar infecções recorrentes, já que há uma falha no sistema Psicológico leva consequentemente a alterações no sistema Imunológico. Outro factor importante na génese de várias doenças, como artrite e cancro é a formação de radicais livres.
Podemos entende-los da seguinte forma: o organismo utiliza cerca de 98 a 99% do oxigénio que consumimos para produzir energia. O que sobra (1 a 2%) não participa no processo, formando espécies tóxicas reactivas do oxigénio - os radicais livres. Que combinam com várias estruturas celulares do corpo, o que resulta em destruição e consequentemente, em doenças graves. Entre estas podem ser citadas o cancro, artrite, lúpus e doenças cardiovasculares.
O Homem está permanentemente submetido a condições que levam ao excesso de radicais livres como, por exemplo, o stress, o fumo, a poluição, exposições prolongadas ao sol, entre outras.
A Medicina Ortomolecular, através do uso de vitaminas, minerais e da dieta óptima, tem o objectivo, entre outros, neutralizar os efeitos tóxicos destas espécies reactivas, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Esses mesmos elementos, empregados no tratamento de várias doenças, são considerados medicamentos ortomoleculares por serem substâncias que participam obrigatoriamente do organismo humano sendo, portanto, oferecidos como matéria-prima que o organismo utiliza para suas necessidades básicas.
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Conceito de dieta óptima
A dieta óptima que é utilizada pela Ortomolecular, deve conter as proteínas, gorduras e hidratos de carbono ideias, procedentes de alimentos o mais naturais e completos possível. Todos eles estão misturados entre si e com outros nutrientes essenciais com os minerais e as vitaminas.
A Medicina Ortomolecular também trata das deficiências de uma série de nutrientes. Sabe-se, por exemplo, que um fumador gasta 25 mg de vitamina C a cada cigarro que consome. Caso esta pessoa fume um maço por dia, estará a perder 500 mg desta vitamina diariamente. E, hoje em dia, sabemos os inúmeros benefícios que esta vitamina proporciona, seja no combate a radicais livres, na síntese de hormonas, ou mesmo estimulando o sistema imunológico. Todavia, apesar da Medicina Ortomolecular ter um sentido curativo, ela também é eminentemente preventiva. Assim, por exemplo, é possível tratar uma pessoa com stress antes que ele evolua para uma hipertensão arterial. Da mesma forma, é possível tratar obesidade antes que ela desenvolva diabetes.
Hoje sabe-se que a Ortomolecular associada a outras terapias é um meio válido e eficaz para impedir e reverter a osteoporose bem como muitas das patologias reumáticas, para além de inúmeras outras patologias como sinusite, problemas do sistema imunológico, etc.
O mais importante é que na Medicina Ortomolecular o paciente é visto como um todo, um conjunto que deve funcionar em harmonia como uma orquestra. Com esta visão global, qualquer tratamento torna-se mais eficaz, pois encontra a origem dos problemas, a verdadeira raiz a partir da qual todo o processo patológico se desenvolve. Ou, ainda, voltando à analogia, se encontrarmos o defeito exactamente onde ele se origina na máquina, é muito mais fácil consertá-la antes que o problema atinja toda a produção, que nada mais é do que a própria vida.
O Médico que pratica essa terapêutica (que deve ser feita de forma direccionada, através de exames complementares laboratoriais e/ou radiológicos) está, certamente, contribuindo para evitar a produção excessiva de radicais livres, diminuindo o consumo abusivo de medicamentos tóxicos para o ser humano (antibióticos, corticóides, etc) e, com isso, fazendo a prevenção das doenças degenerativas crónicas, o que certamente irá proporcionar mais saúde e um envelhecer com melhor qualidade.
Origem e História
O psiquiatra Abram Hoffer e o Dr. Humphrey Osmond são considerados os pioneiros da terapia ortomolecular pois nos anos 50 trataram casos de esquizofrenia com doses altas de vitamina B3. A Medicina Ortomolecular é um novo paradigma da ciência nutricional.
O conceito foi formulado há 40 anos pelo Dr. Linus Pauling (Prémio Nobel da Química – 1954- e Prémio Nobel da paz – 1962), segundo o qual é necessário dar aos organismos todos os nutrientes nas quantidades que este necessita e que a dieta do homem civilizado não contém.
A Ortomolecular está intimamente ligada e usufrui das vantagens da Oligoterapia e da Dieta do Grupo Sanguíneo, as quais iram ser explicadas de seguida.
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