Arteterapia é um processo terapêutico que se serve do
recurso expressivo a fim de conectar os mundos internos e externos do
indivíduo, através de sua simbologia.
Vários autores definiram a Arteterapia,
todos com conceitos semelhantes no que diz respeito à auto-expressão, como a arte
livre, unida ao processo terapêutico, transformando-a numa técnica especial.
A Arteterapia distingue-se como método de tratamento
psicológico, integrando no contexto psicoterapêutico mediadores artísticos. Tal
origina uma relação terapêutica particular, assente na interacção entre o
sujeito (criador), o objecto de arte (criação) e o terapeuta, o recurso à
imaginação, ao simbolismo e a metáforas enriquece e incrementa o processo.
O uso de recursos artísticos com finalidades terapêuticas
começa a ser incentivado no início do século XIX, pelo médico alemão Johann
Christian Reil, contemporâneo de Pinel. Este profissional estabeleceu um
protocolo terapêutico, com finalidade de cura psiquiátrica onde incluiu o uso
de desenhos, sons, textos para estabelecimento de uma comunicação com conteúdos
internos. Estudos posteriores traçaram relações entre Arte e Psiquiatria, sendo
que um profissional que também utilizou o recurso da arte aplicado à
Psicopatologia foi Carl Jung, que passou a trabalhar com o fazer artístico, em
forma de actividade criativa e integradora da personalidade.
A Arteterapia tem como principal objectivo actuar
como um catalisador, favorecendo o processo terapêutico, de forma que o
indivíduo entre em contacto com conteúdos internos e muitas vezes
inconscientes, normalmente barrados por algum motivo, assim expressando
sentimentos e atitudes até então desconhecidos.
Resgata o potencial criativo do homem, buscando a psique
saudável e estimulando a autonomia e transformação interna para reestruturação
do ser. Propõe-se então, a estruturação da ordenação lógica e temporal da
linguagem verbal de indivíduos que preferem ou de outros que só conseguem
expressões simbólicas. A busca da terapia da arte é uma maneira simples e
criativa para resolução de conflitos internos, é a possibilidade da catarse
emocional de forma directa e não intencional.
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