De acordo com a definição da FEDERAÇÃO MUNDIAL DE MUSICOTERAPIA (WFMT):
"Musicoterapia é o uso profissional da música e dos seus elementos como intervenção em contextos médicos, educativos e sociais, com indivíduos, grupos, famílias e comunidades, que procuram melhorar o seu bem-estar físico, social, comunicativo, emocional, intelectual, espiritual e a sua qualidade de vida. A investigação, a prática, a educação e a formação clínica em musicoterapia são baseadas em criterios profissionais estruturados conforme os contextos políticos, sociais e culturais. (2011)".
É o uso da música e dos seus elementos - som, ritmo, melodia e harmonia - para a reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos. O musicoterapeuta pesquisa a relação do homem com os sons para criar métodos terapêuticos que visem restabelecer o equilíbrio físico, psicológico e social do indivíduo. Ele utiliza instrumentos musicais, canto e ruídos para tratar portadores de distúrbios da fala e da audição ou com deficiência mental. Os musicoterapeutas trabalham com uma gama variada de pacientes. Entre estes estão incluídas pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos. Auxilia estudantes com dificuldade na aprendizagem e contribui para a melhoria da qualidade de vida de idosos e pacientes com cancro ou portadores do vírus HIV, por exemplo.
Também promove a reabilitação de dependentes químicos e a reintegração social de menores infractores. Pode ser utilizada em hospitais, clínicas, empresas, instituições de reabilitação e centros de geriatria e gerontologia.
A intervenção envolve actividades musicais que pode ser feitas individualmente ou em grupo, num processo planificado e continuado no tempo, levado a cabo por profissionais com formação específica.
A Musicoterapia destina-se especialmente a pessoas com problemas de relacionamento, comunicação, comportamento e integração social.
O trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido dentro de equipas de saúde multidisciplinares, em conjunto com médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores.Também pode ser um processo autónomo realizado em consultório.
O uso da música como método terapêutico vem desde o início da história humana. Alguns dos primeiros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos.
A sistematização dos métodos utilizados só começou, no entanto, após a Segunda Guerra Mundial, com pesquisas realizadas nos Estados Unidos. O primeiro curso universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na Michigan State University.
A intervenção terapêutica pode vir associada à outras técnicas como relaxamento progressivo, reiki, yoga ou acupunctura. Apesar de haver um sub-entendido consenso sobre os benefícios da música clássica ou a música psicodélica eletrônica de sons contínuos ou no caso de acupunctura e yoga indiana associada à meditação assim como a música da China é sabido que o efeito da música sobre o paciente depende de sua história de convivência com os diversos estilos musicais por um processo de condicionamento estético e/ou vivência por ventura associadas.
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